top of page

Publicações 

Neste seção encontram-se pesquisas sobre os clubes, servindo para aprofundamento dos estudos.

Resumo:
Esta pesquisa investiga e interpreta a construção de estratégias educacionais por afrodescendentes implementadas por várias organizações negras em Porto Alegre, RS, a partir dos finais do século XIX, ao longo da Primeira República, Estado Novo e respectivas redemocratizações, até o ano de 2002. Ao longo desse período, as organizações negras tiveram diferentes configurações, de acordo com seus contextos, suas formas de composição e suas reivindicações surgem a partir das condições, ou falta delas, advindas da sociedade mais abrangente. Essas organizações ¾ de cunho religioso, de ajuda mútua, cultural ou, na perspectiva atual, de organizações não-governamentais ¾ encerraram em si uma característica comum que se traduz na preservação da identidade e nas reivindicações para o estabelecimento de condições dignas de sobrevivência aos afrodescendentes. Devido à ausência de documentação da trajetória histórico-educacional da população negra, nos meios oficiais de divulgação, estatísticas, historiografia tradicional, esta investigação visa registrar esta história através de publicações específicas e de relatos de pessoas de referência, os quais permitem recuperar um perfil da atuação dessas organizações e fixar a memória daquilo que diz respeito a suas construções e reivindicações históricas e educacionais.

Professora, Drª PEREIRA, Lúcia Regina Brito. Cultura e afrodescendência: organizações negras e suas estratégias educacionais em Porto Alegre (1872-2002). 2008. 450 f. Tese (Doutorado em História) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008. Disponível em: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2310

Resumo:
O presente trabalho tem como objetivo geral resgatar parcialmente, a partir de fotografias e relatos orais, a história da Associação Satélite Prontidão, um clube social fundado por ex-escravos. Durante a década passada, firmou-se como um importante polo de preservação e manutenção da cultura negra gaúcha, promovendo através de seus inúmeros eventos a exaltação e orgulho da negritude, tornando-se um dos expoentes mais importantes dentro da história da cidade de Porto Alegre, servindo como referencial para várias gerações de negros e negras. Definindo-o como um Território Negro, com base nos argumentos levantados pelo autor Iosvaldir Bittencourt Junior. A intenção será enfocar também o papel da mulher negra dentro desta entidade, como agente agregador e transformador. A história da mulher negra ontem e o que deseja hoje. Embasado pela autora Maria Ivette Ennes. Parte desta trajetória será mostrada através da fotografia, utilizando-se do conceito criado por Luiz Eduardo Achutti sobre fotoetnografia e da beleza e simplicidade da imagem enfatizada por Jacques Ranciére.

Professora, FEIJÓ, Ana Lúcia Felippe. Os 110 anos da Associação Satélite Prontidão em uma viagem através da fotografia. Porto Alegre, 2013. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/71637

Drª.COSTA, S. R.; RAMOS, Stephane. Da cor e das associações negras: educação, lazer e identidade (1949 e 1970). In: Encontro Internacional e XVIII Encontro de História da Anpuh-Rio: História e Parcerias., 2018, Rio de Janeiro. Anais do Encontro Internacional e XVIII Encontro de História da Anpuh-Rio: História e Parcerias, 2018. Disponível em: https://www.encontro2018.rj.anpuh.org/resources/anais/8/1529372643_ARQUIVO_ANPUH-RJ_StephaneRamos.pdf

Resumo:
O Brasil oferece o melhor exemplo de um país que nasceu do encontro das diversidades étnicas e culturais. Povos indígenas, primeiros habitantes da terra que se tornou Brasil; aventureiros e colonizadores portugueses; africanos deportados e aqui escravizados; imigrantes europeus de diversas origens étnicas e culturais e imigrantes asiáticos, todos formam as raízes culturais do Brasil de hoje. Sem dúvida, os sangues se misturaram como continuam a se
misturar. Os deuses se tocaram e as cercas das identidades se aproximaram. No entanto, as resistências identitárias dessas matrizes culturais formadoras do Brasil continuam a se manifestar, influenciando a vida cotidiana de todos os
brasileiros indistintamente. Por outro lado, os preconceitos culturais, apesar da mestiçagem, não deixaram de existir como ilustrado hoje pela chamada intolerância religiosa e pelos preconceitos raciais que estão correndo soltos até noscampos de futebol. A questão fundamental que se coloca é como ensinar a história desses povos que na historiografia oficial foi preterida e substituída pela história de um único continente, silenciando a rica diversidade cultural em nome de um monoculturalismo justificado pelo chamado sincretismo cultural ou mestiçagem, quando na realidade o que se ensina mesmo é a Europa com sua história e sua cultura. Aqui se coloca a importância de uma educação multicultural que enfoque nossa rica diversidade ao incluir na formação da cidadania a história e a cultura de outras raízes formadoras do Brasil. As leis 10 639/03 e 11645/08 que tornam obrigatório o ensino da história do continente africano, dos negros e povos indígenas brasileiros têm essa função reparatória e corretora. 

MUNANGA, Kabengele. Por que ensinar a história da África e do negro no Brasil de hoje? Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Brasil, n. 62, p. 20–31, dez. 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rieb/a/WxGPWdcytJgSnNKJQ7dMVGz/?format=pdf&lang=pt

Professora, Drª. ESCOBAR, Giane.  Clubes Sociais Negros: Memória e Ações Para o Reconhecimento Como Patrimônio Cultural Afro-brasileiro. In: PAIXÃO, Cassiane de Freitas; LOBATO, Anderson O. C. Os Clubes Sociais Negros no Estado do Rio Grande do Sul. 190 p. Rio Grande: EDIGRAF, 2018.

SILVA, Fernanda O.; Sá, Jardélia R.; Gomes, Luciano da C.; Rosa, Marcus Vinícius de F.; Perussatto, Melina K.; Silva, Sarah C. A.; Santos, Sherol dos. Pessoas comuns, histórias incríveis: a construção da liberdade na sociedade sul-rio-grandense. Porto Alegre: Ed. UFRGS; EST Edições, 2017.

Resumo:
O artigo analisa as confluências entre Educação das Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola, considerando o entrecruzo com o Ensino de História um compromisso a ser consolidado em práticas educativas associadas aos movimentos sociais, escolares e acadêmicos. Apresentam-se conclusões de investigação com abordagem qualitativa ancorada na pesquisa-ação colaborativa, problematizadas a partir das categorias saberes sintéticos e saberes orgânicos, cunhadas por Antônio Bispo dos Santos. A partir da crítica acerca da escassa ênfase dada à educação em perspectiva quilombola, observa-se que os conhecimentos sobre os quilombos são basicamente trabalhados na disciplina de História ou em datas comemorativas vinculadas à
Consciência Negra. Reivindica-se uma história quilombista e escrita por mãos negras, em consonância com Beatriz Nascimento.

MEINERZ, C. B., & SILVA, P. S. da. (2023). Educação Escolar Quilombola e Ensino de História nos caminhos abertos pela Lei 10.639/03. Revista História Hoje, 12(25). Recuperado de https://rhhj.anpuh.org/RHHJ/article/view/1009

Resumo:
Várias pesquisas vêm-se ocupando do protagonismo negro depois da abolição da escravatura, a partir de biografias, vida associativa, conexões políticas, agenciamentos sociais e trânsitos culturais. Este artigo tem a proposta de rastrear e fazer um balanço preliminar dessas pesquisas no Rio Grande do Sul e, na medida do possível, apontar questões, sugerir fontes e discutir os problemas, dilemas e desafios dessa nova área de estudos e pesquisas.

DOMINGUES, P. (2009). Fios de Ariadne: o protagonismo negro no pós-abolição. Anos 90, 16(30), 215–250.


Historiadora e fotógrafa, SANTOS, Irene (Org), Negro em Preto e Branco: História Fotográfica da População Negra de Porto Alegre. Porto Alegre: Do autor, 2005.

Ensino de história sobre clubes negros em Poa

Contato:
sr.mauricioll@gmail.com

©2023 por Ensino de história sobre clubes negros em Poa. 

bottom of page